VALPARAÍSO, CHILE

Difícil selecionar minhas fotos para esse post. São tantas e tão lindas, em apenas um dia de passeio pelo literal do Chile: Valparaíso e Viña del Mar. Para conhecer essas cidadezinhas, que são praticamente duas em uma, contratei uma agência local.

Valparaíso é uma cidade portuária charmosíssima, rodeada por morros, com ascensores centenários (velhos mesmo!) espalhados por todo canto para subir da parte baixa para a alta. Há aqueles que a acham feiosa, os que a comparam com a nossa Santa Teresa, ou com uma grande favela. Não sabem o que dizem. Pra mim, "Valpo" é única, diferente de tudo que já vi. Não à toa, é considerado pela Unesco um patrimônio cultura da humanidade.

O dia estava nublado e fez muito frio, mas não escondeu a beleza desse lugar, com suas calles estreitas, desorganizadas, coloridas, latinas. Os cerros mais turísticos são o Cerro Alegre e o Cerro Concepcion, com bares, restaurantes, lojinhas e onde tem o Ascensor Concepcion que leva ao Paseo Gervasoni, um dos terraços mais elegantes. Não passei por ele, infelizmente. O tour guiado é rápido e não deu para "flanar" por lá, como eu gostaria. Desculpa para retornar?

Mas, não deixei de experimentar um ascensor, o El Peral, de 1901, que liga o Paseo Yoguslavo, onde há o Museu de Bellas Artes, à Plaza Sotomayor, com os prédios Armada de Chile, o Museo Naval y Marítimo e o Congresso Nacional. Minha impressão é que eu estava em outra época, no século 19, olhando para as construções em estilo neo-clássicas e art nouveau, muitas delas em precárias condições, mas mesmo assim, muito encantadoras. Há poesia em Valparaíso, basta olhar. Com calma.

Viña del Mar, esta fica para o próximo post...

Look: casaco Cantão; vestido Zerozen; colar Farm (da irmã); óculos Clubmaster Ray-Ban; legging Maria Filó; bolsa Osklen; sneakers Santa Lolla


SANTIAGO :: MERCADO CENTRAL E LOS DOMINICOS


O Mercado Central é próximo ao centro histórico e tem que ir. Apesar de duas tentativas infelizes, finalmente consegui conhecê-lo. Eu explico: no primeiro dia havia uma manifestação e um policial me aconselhou a não ir até lá - "para su seguridad" - ele me disse!. Obedeci lembrando das manifestações pesadas aqui no Rio e aquela ali era bem pacífica. A segunda tentativa no dia seguinte também não foi feliz: o metrô perto do meu hotel, a estação Baquedano, estava fechada porque "una persona cayó en línea", ouvi de outro policial. Enfim... Porque sou brasileira e não desisto nunca, adaptei meu último dia em Santiago para conhecer o Mercado Central. 

Mercados sempre fizeram parte dos meus roteiro de viagem. Não sei se pelos cheiros, aromas, neste caso, de peixes fresquíssimos das águas geladas do Pacífico, mas sempre me atraíram. Ali há pessoas locais trabalhando, senhoras fazendo suas compras de mês, turistas curiosos como eu. Alguns mercados que conheci pelas minhas andanças sempre me deixaram boas lembranças: La Boquería em Barcelona; mercado de San Miguel em Madri; o Marché Jean-Talon em Montréal; e o nosso Mercado Modelo em Salvador. Cada um com suas particularidades e especiais do seu jeito.

Dali, segui para o centro de artesanato do Chile Pueblito de los Dominicos (estação Los Dominicos) para aproveitar meu domingo em Santiago. Esse é um lugar muito especial, parece uma cidadezinha do interior, logo na entrada, a Iglesia de Los Dominicos e a cordilheira ali. Tem de tudo: flores, coelhos, papagaios, empanadas, orquestra, artistas locais, pastel de choclo (milho), lojas-tendas-barracas com o melhor do artesanato local e de toda região do Chile. Jóias lapislázuli, objetos de cobre, couro, cerâmicas, artesãos trabalhando suas peças, esculturas de índios Mapuche, bonequinhas de lã, ponchos quentinhos, bolsas, de tudo. Passei toda a tarde ali.  




                  

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