A FOTOGRAFIA E A URCA

Há algum tempo tenho vontade de estudar fotografia. E hoje foi meu primeiro dia de aula no Curso Básico de fotografia no Ateliê da Imagem, na Urca. Nessa primeira aula, após as devidas apresentações, vimos um pouco da história da fotografia que vem lá dos anos 1839 e nomes de fotógrafos renomados como Milton Guran, Dorothea Lange, Sebastião Salgado, César Barreto, Martin Parr, Walter Firmo, José Caldas, Guy Veloso, entre outros.

Aqui, vai um pouco da minha história de amor pela fotografia.

Como alguns devem saber, minha formação é publicidade e na faculdade, há uma disciplina de introdução à fotografia, mas me lembro que não gostei muito, pois me dava certa aflição manusear aquelas analógicas antigas e entrar nos laboratórios do IACS para revelação e cópia de fotos. Mas, isso já faz uns 18 anos... Voltando um pouco mais no tempo, já adolescente me recordo do desejo de ter uma câmera em casa, coisa que não foi possível. Eu era obcecada pelas fotos de família guardadas em pequenos álbuns e pelas imagens reproduzidas de quadros famosos renascentistas em uma grande Bíblia de minha mãe (mais tarde, muitas dessas obras pude conhecer nos museus que visitei pela Europa). Essa atração pela imagem e um curso de pintura à óleo que fiz dos 14 aos 16, 17 anos, acredito que tenham me ajudado na construção de um olhar mais estético.

O que mais me encanta em fotos é a poesia, a expressão, o inesperado que vem do olhar do artista por trás da câmera. Eu adoro fotografar, mesmo sem técnica alguma, e isso tem sido uma companheira nas viagens em que faço sozinha. E é sempre assim, com disposição, olhos e sentimentos abertos, que aparecem os melhores registros. O momento.

No início dos anos 2000, comprei minha primeira câmera de uma amiga do trabalho. Era uma analógica Pentax IQZoom 80E 'vintage' que guardo até hoje. Aí vieram as digitais e meu caso de amor com as cybershots Sony. Mas, para minha tristeza, tive o modelo 3.2 furtado dentro de um McDonald's da Oxford Street em Londres. Fiquei arrasada pelas fotos perdidas. Isso foi em 2007, as lembranças não foram perdidas, parece que foi ontem...

O tempo passa depressa, passa voando pela gente. Nos cinco anos seguintes, tive mais três câmeras cybershots Sony:

- Comprada logo após o furto, um dia a coitada caiu ao tentar fazer o look do dia no quarto e nunca mais funcionou.
- A segunda quebrou um galho, mas foi dada de presente ao meu pai.
- E a que tenho hoje e sempre me acompanha nas viagens e andanças atrás do look do dia 'perfeito' é o modelo 12.1 megapixels.

Ano passado adquiri em NY minha primeira câmera mais profissa: uma Canon T3, mas minha capacidade de utilizá-la vai do A ao P, nunca passa pelo M. Foi com ela que fiz fotos nas viagens de Punta, Montevidéu e Paraty esse ano.

Espero compartilhar com você, que também tem a mesma paixão pela fotografia, alguns aprendizados técnicos do curso que comecei, tá! E se você é mais descolada no assunto, me manda umas dicas que vou adorar.